São Petersburgo (5 dias)
Chegamos
à Russia em meio a um mar branco. A receptividade de chegada não foi lá grande
coisa. Quase ninguém fala inglês, mesmo que ruim. Pegamos o táxi em direção ao
albergue Gogol-Mogol (€11/noite), que foi uma ótima surpresa para nós...
Quase
todos os hóspedes eram russos, jovens, de outras regiões, o que garantiu ótimas
dicas para nosso roteiro. Além disso, o albergue tem um ambiente muito
acolhedor, dado que foi adaptado a partir de um apartamento de 3 quartos.
A
arquitetura de São Petersburgo tem muita influência européia, já que um dos seus
criadores trouxe arquitetos italianos, franceses, etc, para construí-la. Isso
fica claro quando você passeia pelas ruas da cidade...
De cara,
nos impressiona o rio Neva pois durante o inverno, ele fica completamente
congelado... a ponto das pessoas atravessarem-no a pé.
A principal igreja da cidade é a Igreja do Sangue Derramado. Colorida, suas cúpulas podem ser vistas de longe... essa é, aliás, uma das características das igrejas na Rússia. St Isaac’s, Trinity, também tem suas cúpulas coloridas. Internamente elas têm variações na decoração. Algumas são bastante coloridas, como a Sangue Derramado, enquanto outras são mais sóbrias, como a St. Isaac’s.
Imperdível
é o museu Hermitage... O Louvre da Rússia! Prepare o bolso, pois custa algum
dinheiro... e mais se quiser tirar fotos. Nós, na maior inocência do mundo,
entramos pelo acesso de funcionários, e não pagamos nada. Foi um acaso, pois
não achávamos a entrada do lugar!!
Há ainda
o Forte “Peter and Pavel”, na ilha chamada por eles de “rabbit's island”, que foi construído para proteger a cidade dos
suecos, e vale a visita. Foi lá que andamos sobre as águas congeladas do rio
Neva. Não tente fazer isso em casa!!
Nossos
amigos russos nos deram duas ótimas dicas: restaurante Teplo, de comida
contemporânea, e atendimento excepcional! Mas prepare o bolso, pois os preços
são um pouco acima do que restaurantes mais populares... Lá conhecemos a Anna,
uma russa que fala português perfeitamente, e é apaixonada pelo Brasil... Chame
de coincidência, mas enquanto escrevo esse texto, ela está morando no Rio de
Janeiro!
A outra
dica é um lugar chamado Pishechnaya (fica na rua Bolshaya
Konushennaya 25) que
vende “bolinhos de chuva” e café com leite, num preço deliciosamente acessível.
Super tradicional e freqüentado pelos nativos!
Há um
mercado municipal, como um mercadão, que vale uma visita, mas não tem nenhuma
coisa que seja realmente diferente.
Andar de
metrô é bom e barato. Alem disso, as estações eram construídas como abrigos
nucleares, e foram decoradas com muita arte!
Se
precisar de ajuda na rua, tome cuidado! Os russos são conhecidos por sua falta
de simpatia. Presenciamos um russo pedindo instruções de caminho sendo
rejeitado como se estivesse pedindo esmola... Por outro lado, há aqueles que
ajudam até o final (que foi o caso do cartão perdido da Marina).
Fomos
assistir a um balé no Teatro Marinski, que é o principal da cidade. Se você
gosta de arte e música, lá é o lugar! Mas, de novo, prepare o bolso, pois os
ingressos são bem salgados. Evite comer e beber dentro, pois os preços são
exorbitantes!!
No
geral, apesar de uma infra estrutura precária, St. Petesburgo foi uma cidade
que nos proporcionou muita diversão e alegria. É um lugar para se curtir com
calma, e apreciar tudo o que ela tem pra oferecer.
A
chegada em Moscou nos levou de volta à Russia que imaginávamos...
Rica, imponente, e CARA! O caminho do aeroporto nos revelava uma arquitetura
menos clássica como São Petesburgo, mas ainda assim, um arquitetura bem bonita.
Nosso
albergue A La Russe Hostel (€13 por noite) era bem localizado, e bem
aparentado. No entanto, o serviço era muito precário. Já no check in, ficamos
muito tempo, pois o cara não sabia fazer contas!! Conseguimos um quarto só para
nós, mas as camas não eram muito confortáveis. Pra fechar com chave de ouro, a
cozinha é um calabouço mal equipado, e os banhos são muito apertados. (ou seja,
não recomendamos!)
A curta
visita de começou com uma ida rápida ao Teatro Bolshoy para ver se havia algo
pra assistir. A fachada é realmente impressionante... (mas não tinha nada pra
ver que nos fosse accessível).
No dia
seguinte, fomos à Praça Vermelha, onde fomos ao túmulo de Lenin (que está
embalsamado, bizarríssimo). Há uma fila pra entrar no túmulo, com controle de
metais (há uma chapelaria, para necessitados)... A segurança é ostensiva, desnecessária
até.
Na
praça, há o local que servia de “mercadão” na época da União Soviética (que
tinha a economia fechada), e também a St. Basil, a famosa catedral! Essa
última, traz um arco-íris enfeitando suas cúpulas. Dentro, uma coleção de
pequenas capelas, onde descobrimos o coral masculino Doros.
Visitamos
o prédio onde funcionava a sede da KGB, que é tenebrosa, e descobrimos a rua Arbat
(tem até um Hard Rock Café lá), onde há diversas lojas de souvenirs (coisa rara
de se encontrar em Moscou), e um posto de correios. Alias, há uma feira de
artesanato (entenda: souvenirs) na frente da saída da Praça Vermelha.
abrigo nuclear, e foram
construídos de uma maneira bastante imponente. Muitas delas fazem ode aos
pilares da União Soviética, e trazem uma arquitetura muito interessante.
Há uma
praça que armazena estátuas decapitadas de líderes antigos da União
Soviética.... Tem que pagar pra entrar, e não achamos que valia a pena...
O melhor
estava guardado para o final: Kremlin! A sede do governo russo fica dentro das
muralhas dessa fortaleza, que armazena diversas igrejas que atendiam aos
líderes russos.
Da
Russia, levei boas lembranças, e a vontade de conhecer mais e mais. Mas com
luvas, muitos casacos e... bom ar!!
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