sexta-feira, 11 de maio de 2012

Roteiro RUSSIA

ESCRITO POR GUSTAVO MANZINI, QUE DEU O AR DE SUA GRAÇA NESSA PARTE DA NOSSA ESTRADA, GELADA... UMA PARTICIPAÇÃO MAIS QUE ESPECIAL!

São Petersburgo (5 dias)

Chegamos à Russia em meio a um mar branco. A receptividade de chegada não foi lá grande coisa. Quase ninguém fala inglês, mesmo que ruim. Pegamos o táxi em direção ao albergue Gogol-Mogol (€11/noite), que foi uma ótima surpresa para nós...
 Quase todos os hóspedes eram russos, jovens, de outras regiões, o que garantiu ótimas dicas para nosso roteiro. Além disso, o albergue tem um ambiente muito acolhedor, dado que foi adaptado a partir de um apartamento de 3 quartos.

A arquitetura de São Petersburgo tem muita influência européia, já que um dos seus criadores trouxe arquitetos italianos, franceses, etc, para construí-la. Isso fica claro quando você passeia pelas ruas da cidade...

De cara, nos impressiona o rio Neva pois durante o inverno, ele fica completamente congelado... a ponto das pessoas atravessarem-no a pé.












A principal igreja da cidade é a Igreja do Sangue Derramado. Colorida, suas cúpulas podem ser vistas de longe... essa é, aliás, uma das características das igrejas na Rússia. St Isaac’s, Trinity, também tem suas cúpulas coloridas. Internamente elas têm variações na decoração. Algumas são bastante coloridas, como a Sangue Derramado, enquanto outras são mais sóbrias, como a St. Isaac’s.


Imperdível é o museu Hermitage... O Louvre da Rússia! Prepare o bolso, pois custa algum dinheiro... e mais se quiser tirar fotos. Nós, na maior inocência do mundo, entramos pelo acesso de funcionários, e não pagamos nada. Foi um acaso, pois não achávamos a entrada do lugar!!

Há ainda o Forte “Peter and Pavel”, na ilha chamada por eles de “rabbit's island”, que foi construído para proteger a cidade dos suecos, e vale a visita. Foi lá que andamos sobre as águas congeladas do rio Neva. Não tente fazer isso em casa!!

Nossos amigos russos nos deram duas ótimas dicas: restaurante Teplo, de comida contemporânea, e atendimento excepcional! Mas prepare o bolso, pois os preços são um pouco acima do que restaurantes mais populares... Lá conhecemos a Anna, uma russa que fala português perfeitamente, e é apaixonada pelo Brasil... Chame de coincidência, mas enquanto escrevo esse texto, ela está morando no Rio de Janeiro!

A outra dica é um lugar chamado Pishechnaya (fica na rua Bolshaya Konushennaya 25) que vende “bolinhos de chuva” e café com leite, num preço deliciosamente acessível. Super tradicional e freqüentado pelos nativos!

Há um mercado municipal, como um mercadão, que vale uma visita, mas não tem nenhuma coisa que seja realmente diferente.

Andar de metrô é bom e barato. Alem disso, as estações eram construídas como abrigos nucleares, e foram decoradas com muita arte!

Se precisar de ajuda na rua, tome cuidado! Os russos são conhecidos por sua falta de simpatia. Presenciamos um russo pedindo instruções de caminho sendo rejeitado como se estivesse pedindo esmola... Por outro lado, há aqueles que ajudam até o final (que foi o caso do cartão perdido da Marina).

Fomos assistir a um balé no Teatro Marinski, que é o principal da cidade. Se você gosta de arte e música, lá é o lugar! Mas, de novo, prepare o bolso, pois os ingressos são bem salgados. Evite comer e beber dentro, pois os preços são exorbitantes!!

No geral, apesar de uma infra estrutura precária, St. Petesburgo foi uma cidade que nos proporcionou muita diversão e alegria. É um lugar para se curtir com calma, e apreciar tudo o que ela tem pra oferecer.

Moscou (4 dias) 

A chegada em Moscou  nos levou de volta à Russia que imaginávamos... Rica, imponente, e CARA! O caminho do aeroporto nos revelava uma arquitetura menos clássica como São Petesburgo, mas ainda assim, um arquitetura bem bonita.

Nosso albergue A La Russe Hostel (€13 por noite) era bem localizado, e bem aparentado. No entanto, o serviço era muito precário. Já no check in, ficamos muito tempo, pois o cara não sabia fazer contas!! Conseguimos um quarto só para nós, mas as camas não eram muito confortáveis. Pra fechar com chave de ouro, a cozinha é um calabouço mal equipado, e os banhos são muito apertados. (ou seja, não recomendamos!)
  
A curta visita de começou com uma ida rápida ao Teatro Bolshoy para ver se havia algo pra assistir. A fachada é realmente impressionante... (mas não tinha nada pra ver que nos fosse accessível).

No dia seguinte, fomos à Praça Vermelha, onde fomos ao túmulo de Lenin (que está embalsamado, bizarríssimo). Há uma fila pra entrar no túmulo, com controle de metais (há uma chapelaria, para necessitados)... A segurança é ostensiva, desnecessária até.
 
Na praça, há o local que servia de “mercadão” na época da União Soviética (que tinha a economia fechada), e também a St. Basil, a famosa catedral! Essa última, traz um arco-íris enfeitando suas cúpulas. Dentro, uma coleção de pequenas capelas, onde descobrimos o coral masculino Doros.

Visitamos o prédio onde funcionava a sede da KGB, que é tenebrosa, e descobrimos a rua Arbat (tem até um Hard Rock Café lá), onde há diversas lojas de souvenirs (coisa rara de se encontrar em Moscou), e um posto de correios. Alias, há uma feira de artesanato (entenda: souvenirs) na frente da saída da Praça Vermelha.

                                                As estações de metro de Moscou também serviriam de 
abrigo nuclear, e foram construídos de uma maneira bastante imponente. Muitas delas fazem ode aos pilares da União Soviética, e trazem uma arquitetura muito interessante.

Há uma praça que armazena estátuas decapitadas de líderes antigos da União Soviética.... Tem que pagar pra entrar, e não achamos que valia a pena...

O melhor estava guardado para o final: Kremlin! A sede do governo russo fica dentro das muralhas dessa fortaleza, que armazena diversas igrejas que atendiam aos líderes russos.

Da Russia, levei boas lembranças, e a vontade de conhecer mais e mais. Mas com luvas, muitos casacos e... bom ar!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário