domingo, 16 de outubro de 2011

Roteiro LISBOA

LISBOA ( 4 dias)

Bom, chegamos em Lisboa no dia 10/10 a noite depois de atrasos de vôo e etc, portanto é mesmo importante considerar essa possibilidade nos dias que temos avião no roteiro...rs
Ficamos em couchsurfing, no Baixo Chiado, centro de Lisboa, o que nos ajudou muito principalmente no primeiro dia que fomos conhecer a cidade a pé, literalmente, pois não pegamos nem um ônibus, trem, bonde, funicular ou elevador...

Primeiro dia – LISBOA

Como estamos do lado do Castelo de São Jorge, passamos por ele, mas não quisemos pagar a entrada para vê-lo por dentro...
Então passamos pela Igreja Santo Antônio da Sé, Igreja Santa Maria Madalena e Igreja Conceição. Descendo, fomos para a Praça do Comércio onde curtimos um pouco a vista do Rio Tejo e então começamos a subir em direção ao Elevador de Santa Justa, passando pela Praça Dom Pedro IV. Lá, resolvemos não subir pelo elevador e sim pela rua ao lado... Uma subida e tanto, mas tudo para economizar €5... Lá, acessamos a vista da cidade e fomos almoçar por ali perto onde encontramos um café que tinha o prato do dia (algumas opções, mas a que escolhi eram 2 "pastéis de bacalhau", que são nossos bolinhos, com salada de alface e tomate e arroz com legumes) por E$3,20!!! Um achado delicioso...
Seguimos então para a Av. da Liberdade onde está o Hard Rock Café e uma porção de lojas de grife... subimos ela inteira até a Praça Dom Eduardo VII, LINDA, onde sentamos um pouco e curtimos a sombra pois a essa hora faziam 29°C... De lá fomos para o Jardim da Estrela e a Catedral da Estrela, ambos lindos também...
Bom, há essa hora já passavam das 17h e resolvemos começar a caminhada de volta pra casa, pois estávamos no extremo oposto...
No caminho, paramos no supermercado para comprar nossos próximos almoços e jantas... Brilhante idéia, se não nos faltasse ainda 2/3 do caminho, a maioria subida... Mas, toda a compra não saiu por mais de €8,50/pessoa e nos alimentaria para os próximos 3 dias...
  


  


  
Segundo Dia – Belém, Cascáis, Estoril e Cabo da Roca

O segundo dia começou comigo e a Vanessa indo buscar o carro que alugamos no aeroporto enquanto a Tati e a Ju arrumavam os lanches. Não tivemos problemas com a ida: pegamos um ônibus que ia direto para o aeroporto há algumas quadras de casa. Lá, foi tudo muito rápido também e em 30 minutos estávamos saindo na nossa “caminhonete” SEAT IBIZA (RS... brincadeira a parte, pois o carro é pequeno mas com um som do motor de S10 devido o motor a disel), engradçadíssimo!
 


Bom, a volta foi mais tensa pois o aplicativo do TomTom (GPS) que baixei no iphone não funcionava... nos arriscamos a seguir nosso sexto sentido, placas e uma pitada de bom senso... só sei que deu certo! Chegamos umas 10h para buscar as meninas numa sincronia impressionante, elas também estavam acabando de chegar no ponto de encontro.
OBS. Apenas um parêntese lembrando que não temos como nos comunicar pois nenhuma tem celular e nem acesso à internet...
Bom, de lá fomos para Belém, que é muito perto do centro e nessa hora já conseguimos fazer o GPS funcionar...
Em Belém vimos o Mosteiro dos Jerônimos, Monumento do Descobrimento (pago para entrar e subir para ver a vista, mas não fomos) que é em frente, e a Torre de Belém um pouco mais a direita (também paga, mas essa eu e a Venessa entramos e subimos até seu topo com uma belíssima vista e sua subida é interessante pois existe apenas uma estreita escada que nos leva para ambos os sentidos dos 6 andares da Torre).
Parada obrigatória: Pastelaria de Belém, a direita do Mosteiro dos Jerônimos. Além do melhor e mais famoso “Pastel de Belém”, o lugar tem todo ar típico português e oferece outras opções de doces e salgados... Foi então que tive minha segunda experiência com “Pastel de bacalhau” e a melhor até o momento...
Saímos de lá e fomos para Cascais, onde nem descemos, pois não vimos nada além de um bairro elitizado, semelhante a Estoril, mas lá descemos para conhecermos um pouco a praia e almoçarmos nosso lanchinho.
Com tempo ainda, decidimos então seguir até o Cabo da Roca, ponto mais Ocidental da Europa, ou seja, o mais perto de casa que estaremos (Eu e Vane) nos próximos meses...hehe
A estrada é tranqüila, sinalizada, mas mão única, tipo uma serra, mas nada acentuada ou fechada. Fomos curtindo o visual...
Cabo da Roca é lindo! Uma vista deslumbrante com o sol no horizonte...Tiramos algumas fotos, sentamos um pouco e começamos nossa jornada de volta...


Terceiro dia – Sintra

Realmente um dia para Sintra é suficiente SE você tiver muito pique para andar...
Chegamos cedo e compramos a entrada das 4 principais atrações da cidade: Palácio da Pena, Convento dos Capuchos, Castelo dos Mouros e Palácio de Monsserrat. Ficava faltando a famosa Quinta da Regaleira, mas esse ficou mesmo de fora pois também era pago e nessa altura já estávamos exauridas...
Começamos como Castelo dos Mouros (tentamos estacionar mais distante e ir andando mas eram mais de 2 Km de subida, e depois de 500 metros subindo já abortamos a idéia e fomos tentar parar mais perto, o que foi ótimo pois tinham vagas perto da entrada). Bom, para você curtir todo o Castelo são 3 “torres” que tem uma vista panorâmica, uma em cada ponto, e para ir até o topo das 3, são 500 degraus que deve subir. Fomos!
Ainda bem que começamos por ela, pois 2/3 da nossa energia do dia ficou por lá... rs
Segunda parada: Palácio da Pena. LINDO! A parte de fora tem um tom rosado com amarelo e esculturas em arcos e faces de leões e dragões. Porém o show a parte é o passeio pelo interior do Castelo por todos os aposentos com exposição da decoração da época. Não é permitido tirar fotos, vendem na saída, lógico... Lá viveu a Família de Dom Francisco e Dona Amélia, tem pinturas de auto retratos nas paredes, todas trabalhadas com detalhes em alto relevo ou revestidas com tecidos de seda francesa... a mesa de jantar com pratarias e uma réplica de um navio como centro de mesa de prata de ágata! Os móveis de madeira com desenhos vasados esão deslumbrantes! Enfim, pensar em todos esses detalhes e ainda feitos há mais de 2 séculos é surpreendente e se ainda realizarmos que foi mesmo a casa daquelas pessoas nos retratos... é emocionante.
Terceira parada: Mosteiro dos Capuchos
Extremo oposto do Palácio da Pena, é um mosteiro em pedras de 8 Monges que meditavam 8 horas, trabalhavam mais 8h e dormiam nas 8h restantes envolto a uma natureza pacificadora. 8,8, 8 e 8.... rsrsrs
Bom, antes de entrar no Mosteiro, um pouco em frente a porta, você encontra um crucifixo que simboliza seu livre-arbítrio na escolha dos seus caminhos, no caso o de voltar ou seguir em frente, onde tem a porta de entrada, que chama-se Entrada da Morte, que representa a morte do seu apego mundano e materialista para o início de uma vida espiritual.
Todo o Mosteriro é feito de pedras com corredores estreitos e as 8 portas dos 8 quartos medem cerca de 1 metro de altura, para que você adentre já de joelhos. A sala de reunião e os quartos de visitantes também têm portas baixas, assim como o quarto das penitências (esse já não tem janelas, todo escuro para reflexão). A cozinha e a sala de Jantar tem portas normais , mas a mesa é de pedra e sentam-se todos no chão.
Enfim, nunca havia se quer imaginado um lugar assim, que mesmo que hoje esteja abandonado, já assim foi habitado... Fiquei muito mexida com o lugar, que ao mesmo tempo que parece assustador pelo estilo, nos traz paz, como se tivesse tudo bem... sai de lá “revirada”...
Quarta e última parada: Palácio de Monsserrat
Esse está em fase de restauração e indico visitas na primavera, pois está no meio de um Parque Botânico. Estutura rosada e branca, tem colunas de mármore roda e as paredes e tetos com detalhes em alto relevo.
Um pouco mais simplista que o Palácio da Pena e habitado por uma família menor, possui uma bela sala de música.
Saímos de Sintra por volta dás 17h e voltamos para casa... EXAUSTAS!
   


Quarto dia – Praias da Costa Vicentina até Lagos (Praias ao sul)

Acordamos cedo e fomos colocando as praias que queríamos ver no caminho...
Iniciamos com a Costa da Caparica e seguimos para Porto Covo, mas como são muitas horas de viagem entre elas e nos perdemos um pouco, achamos melhor seguir direto para Lagos para pegarmos a Igreja de Santo Antônio aberta.... Queríamos entrar nela subindo os degraus de “gatinho”! rsrsrs
Bom, chegamos 15 minutos atrasadas e já estava fechada....
Então indico, e adotarei essa tática a partir de agora, de ir até o ponto final primeiro, principalmente se tiver horário certo, e então fazer a volta parando...
Resolvemos dormir por lá devido o horário e tempo da volta, além de que a cidade é uma delícia, bem praiana onde se percebe que os moradores são na sua maioria portugueses mais idosos. No centro tem ruas repletas de Bares e Restaurantes e MUITOS turistas, na sua maioria jovens, de toda Europa.
Dormimos em Lagos e no dia seguinte fomos conhecer 2 praias por ali, a Dona Ana e Camelo, ambas de tirar o fôlego! Recomendamos!
 


Quinto dia – Évora

Na volta viemos por Évora, uma cidade mais ao centro no “meio do caminho” para Lisboa.
Lá, fomos na Igreja de São Francisco de Assis que é simplesmente magnífica, uma das mais lindas que vimos até agora, pelos detalhes e as capelas que tem no seu interior.
Ao lado tem a Capela dos Ossos, que no intuito de resolver o problema com falta de espaço no cemitério da cidade, tem todas suas paredes internas feitas com ossos humanos, mais de 5.000 esqueletos completos! Um pouco chocante, mas a idéia é mesmo forçar também uma reflexão sobre a morte, e podemos ver isso até mesmo pela frase que tem acima da porta de entrada “Nós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”. Profuuuuundo...

Na saída, passamos ainda na Igreja da Sé, que tem os 12 Apóstolos na entrada, mas como era paga, resolvemos não visitá-la...
Almoçamos num café uma comidinha meio caseira: arroz, salada, batata e lombo. Razoável, mas mais importante, barata: €5,00 o prato que ainda dividi com a Vanessa...rs Digo isso mais porque tem uma coisa interessante sobre o serviço aqui na Europa, dependendo de onde você senta tem um preço no cardápio, ou seja, se senta no balcão é um preço, nas mesas outro e na parte externa outro, assim não há taxa de serviço, fica embutido no valor, que na maioria é superior aos nossos 10%...
Voltamos para Lisboa e esse foi nosso último dia na região!
Próximo passo Coimbra!

 

 


OBS. Sobre os pedágios aqui em Portugal, há um esquema interessante e diria até melhor, justo: quase que na entrada e saída das cidades há cancelas do pedágio, assim, ao sair da cidade você retira um bilhete e na entrada das cidades tem cancelas onde você paga esse bilhete e o valor então depende do tempo que percorreu. Para nós não foi vantajoso pois as distâncias eram grandes mas achamos o sistema justo! Para Lagos gastamos cerca de €20 na ida e uns €7 na volta pois pegamos a via para Évora e esta tem muitas partes não pagas. Para as demais cidades ao norte, o pedágio não passa de uns €2.

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